domingo, junho 05, 2016

Educação: Proposta final da base nacional terá atraso de 5 meses / Matemático brasileiro ganha principal prêmio científico da França

Proposta final da base nacional terá atraso de 5 meses, diz MEC

Antes o currículo será debatido nos municípios e devolvido ao MEC até o fim de agosto, segundo a nota oficial enviada ao site de VEJA

Por Da redação


O documento tem o objetivo de prever o que será ensinado nas escolas públicas e privadas brasileiras (Eduardo Martino/Documentography/Proposta final da base nacional terá atraso de 5 meses, diz MEC)

A versão final da Base Nacional Comum Curricular deve ser apresentada só em novembro deste ano, segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC). Antes, o currículo será debatido nos municípios e devolvido ao MEC até o fim de agosto, segundo a nota oficial enviada ao site de VEJA.

Pelo cronograma oficial, o currículo deveria ter sido concluído e enviado a para o Conselho Nacional de Educação (CNE) até o dia 24 deste mês.
O documento tem o objetivo de prever o que será ensinado nas escolas públicas e privadas brasileiras, e o MEC afirma que “é importante que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) seja amplamente trabalhada em conjunto com a sociedade de forma democrática, o que vale reabrir a discussão por mais alguns meses”.
Falhas – As críticas à primeira proposta foram feitas por professores durante a fase de consulta pública, entre setembro de 2015 e março deste ano. A área de português não englobava gramática e a parte de história ignorava pontos importantes de conhecimento geral para se concentrar na questão indígena e africana.

No período, foram enviadas 12,2 milhões de sugestões para as áreas de linguagens, ciências humanas, matemática e ciências da natureza, além de 27.000 pedidos de inclusão de novos objetivos para a educação.
Articulação – A reforma curricular, com disciplinas comuns para toda a educação básica, é uma exigência do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em 2014. A ideia da BNCC é que 60% do currículo seja unificado pelo MEC, enquanto o restante seja definido pelos Estados conforme critérios regionais.

Matemático brasileiro ganha principal prêmio científico da França

O vencedor é o primeiro brasileiro e matemático do mundo a ganhar a premiação internacional

Por Da redação

Marcelo Viana é diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) (Mauro Pimentel/Folhapress)
O carioca Marcelo Viana, de 54 anos, é o primeiro brasileiro e matemático do mundo a receber o Grande Prêmio Científico Louis D., principal premiação científica da França, oferecida pelo Institut de France. Viana é diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), instituição que realiza pesquisas na área e organiza a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), por exemplo.

Viana dividirá o prêmio de 450 000 euros (1,8 milhão de reais, equivalente a metade do valor pago aos vencedores do Nobel) com o francês François Labourie, da Universidade de Nice. Em cooperação com os pesquisadores franceses, os recursos financiarão estudo sobre sistemas dinâmicos, ramo da matemática que estuda fenômenos que evoluem no tempo. Esse área da matéria pretende esboçar em computadores modelagens matemáticas de qualquer acontecimento, com o objetivo de descrever, entender, prever e controlar o que vai acontecer , como o clima, por exemplo.
Crítico do ensino no Brasil, Marcelo falou sobre estratégias do Impa para reabilitar a matemática aos olhos dos estudantes e defende maior controle do Ministério da Educação (MEC) sobre os cursos de formação de professores. Ele afirma que todo o sistema de ensino brasileiro conspira para acabar com a possibilidade do aluno gostar de matemática. “Nossa escola é terrível e o professor é um herói. Estamos envolvidos em um projeto ambicioso de expansão do Impa, porque há muito a ser feito pela matemática no país’’, completou Marcelo.
O matemático também criticou a fusão do Ministério de Ciência e Tecnologia com Comunicações e disse que a nova pasta criada no governo interino de Michel Temer irá prejudicar a área da ciência. “Alterar a estrutura de um ministério que já deu contribuição enorme ao país é simplesmente má ideia e espero que seja revertida. Já basta nossa comunidade estar apanhando com cortes de recursos”, completou Marcelo.
(Com Estadão Conteúdo)


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